Todos nós experimentamos um terrível sentimento de perda uma vez ou outra que parece tirar nossa própria vontade de viver. Dor no coração, perda de entes queridos e decepção com amigos podem abalar seriamente nosso mundo, deixando-nos sentir inadequados e incapazes de seguir em frente nos próximos anos.
Depois deste momento você não é o mesmo. Tudo o que te fazia feliz perdeu todo o sentido e você é deixado pendurado alto e seco, passando pela vida inconscientemente como se estivesse à deriva no tempo sem direção. Ser forte e seguir em frente não é fácil. O maior problema é que não temos o poder de prever quando enfrentaremos esse tipo de situação. Eles acontecem quando menos esperamos por eles e somos pegos de surpresa, despreparados e assustados, deixados apenas para refletir sobre o que poderíamos ter feito para evitá-los.
Esse tipo de experiência marcou a vida de Diego Oliveira (19). No que era apenas mais um dia comum, depois de sair do trabalho e ir para casa pegar sua bicicleta para ir à escola, ele estava prestes a ter sua vida completamente virada. A batida foi tão forte que o carro da direção oposta arremessou 30 metros do local do acidente. "Quando caí, ainda estava consciente. Liguei para o meu pai, mas quando fui colocado na ambulância, desmaiei. Minha perna tinha sido esmagada e eu perdi muito sangue", disse Diego. Foram 15 cirurgias, quase 2 meses de internação (14 dias desse período em coma na UTI), e uma transfusão de 66 unidades de sangue. Depois de tudo isso e com a perna esquerda amputada, a primeira reação do adolescente foi pegar uma prótese e dizer ao pai: "Não se preocupe".
O Jiu-Jitsu é um esporte não olímpico e não tem um modelo exclusivo para pessoas com deficiência, mas se tornou um meio de superar limitações físicas para quem está nos tatames. Diego colocou o quimono pela primeira vez a convite de um amigo que estava treinando. Apesar de ter praticado esportes como natação e basquete em uma cadeira de rodas, foi na arte gentil que ele encontrou sua paixão. "O Jiu-Jitsu me deu a motivação para seguir em frente. Você não pode chorar sobre as dificuldades que nos atormentam diariamente. Aprendi que os obstáculos só existem para serem superados. É em momentos difíceis que crescemos. A dor faz você mudar a si mesmo, e dependendo de como você enfrentou, você se torna mais forte." O campeão do São Paulo Open 2013 declarou.
A vitória de Diego na vida também se repete nas competições. Mesmo que ele não tenha a perna esquerda, a nova Banda Azul de Goiânia aperfeiçoou a luta física com os adversários no tatame e mostrou às pessoas que somos todos iguais: "O tatame não se importa se eu sou deficiente, apenas se eu sou um bom lutador e há justiça nisso. É difícil para todos os oponentes. A maneira como você vai enfrentar dificuldades é o que faz a diferença. Cada dia traz um grande desafio."
As dificuldades na jornada da vida estão lá para todos. Mas nem todos podem superá-los. No entanto, há histórias que nos fazem recuperar a confiança em nossas próprias habilidades. Diego é um exemplo do que a força de vontade e perseverança pode realizar. Ainda vai encontrar desculpas depois de ouvir a história dele?
1 - Viva todos os dias de sua vida como se fosse seu último.
2 - Não deixe seus problemas sobrecarregá-lo.
3 - Lembre-se que você é seu maior inimigo. O impossível só aparece assim porque você deixa.